PRIMEIRA CIRURGIA COM QUIMIOTERAPIA INTRAPERITONEAL HIPERTÉRMICA (HIPEC) É REALIZADA NO TOCANTINS.

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Primeira cirurgia com Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica (HIPEC) é realizada no Tocantins.

No último dia 07/01, foi realizado com sucesso pelo cirurgião oncológico Dr. Eduardo Pinto, a primeira cirurgia de citorredução seguido de Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica (HIPEC) no Estado. O procedimento age para a destruição das células do tumor, invisíveis ao olho nu, que restaram após a fase de retirada dos grandes focos de doença.

A paciente que passou pelo procedimento é Deusiene Pereira, 50 anos, que recebeu alta no dia (27/01) e está seguindo os cuidados pós-cirúrgicos em casa. Deusiane se diz grata pelo resultado positivo da cirurgia e acrescenta “o que sei é que foi um milagre, através do Dr. Eduardo e equipe, pelo grau de comprometimento, empenho e precisão. Hoje me recupero bem, estou me alimentando bem”. O procedimento é realizado em duas etapas. Na primeira, é feita a chamada cirurgia de citorredução, que consiste na retirada de todos os focos de tumor. Na segunda etapa, a cirurgia prossegue com a aplicação da HIPEC, uma mistura de soro e quimioterapia em alta concentração, aquecida a cerca de 43 graus, o que aumenta a sua eficácia.

O procedimento contou também com o auxílio dos médicos oncológicos Dr. Samir Saade, Dr. Renan Sordi e Drª Ariana Luz, e toda a equipe de enfermagem do Hospital Jorge Saade. O médico responsável pela cirurgia Dr. Eduardo Pinto ressalta que o procedimento é indicado para casos específicos e acrescenta que “é uma ferramenta que pode mudar o curso natural da doença, e se a gente não oferece a cura, muitas vezes oferecemos qualidade de vida para o paciente”. O especialista garante ainda os esforços da equipe do Hospital Jorge Saade em buscar métodos para tratamentos oncológicos, “o procedimento foi pioneiro no Tocantins, assim como outros procedimentos que realizamos em primeiro lugar, e não medimos esforços para oferecer tratamentos, é essa a importância”. A realização do procedimento é mais um ganho para a saúde no Estado, que segue ampliando o acesso dos tocantinenses a serviços de alta complexidade. O procedimento foi um sucesso e traz mais esperanças aos pacientes oncológicos, tendo em vista que pode prolongar a vida, qualidade de vida e até promover a cura.

O HIPEC! ENTENDA MAIS SOBRE O TRATAMENTO

HIPEC do inglês Hyperthermic IntraPeritoneal Chemotherapy, é um tratamento que representa um grande passo no prognóstico e sobrevida de pacientes com tumores abdomino-pelvicos.  

Diferentes métodos cirúrgicos na área da oncologia estão sendo empregadas no país para oferecer o melhor tratamento para pacientes com câncer, destacando-se a Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica (HIPEC). O uso do HIPEC é associado com a Cirurgia de Citorredução (CRS) e é recomendado para pacientes com tumores abdomino-pélvicos que evoluíram devido ao aparecimento da carcinomatose peritoneal. A carcinomatose peritoneal é um tumor que se espalha do seu local de origem para o peritônio, que é uma membrana que reveste toda a cavidade abdominal

O HIPEC é um procedimento cirúrgico complexo, indicado para o tratamento curativo de alguns tipos de tumores que se disseminam pelo peritônio, dentro do abdômen. O procedimento age para a destruição das células do tumor, invisíveis ao olho nu, que restaram após a fase de retirada dos grandes focos de doença.

O procedimento é realizado em duas etapas. Na primeira, é feita a chamada cirurgia de citorredução (CRS) que consiste na retirada de todos os focos de tumor, de modo a remover os implantes peritoneais malignos macroscópicos.  Na segunda etapa, a cirurgia prossegue com a aplicação da HIPEC, uma mistura de soro e quimioterapia em alta concentração, aquecida a cerca de 43 graus, o que aumenta a sua eficácia, removendo assim totalmente a doença num único procedimento.

A HIPEC é um tratamento de quimioterapia altamente concentrado e aquecido, aplicado diretamente na cavidade abdominal ao término da cirurgia citorredutora.  O procedimento é recomendado apenas em casos específicos, existem indicações como a localização onde o tumor nasceu, evolução da doença, o volume de doença disseminada pelo peritônio e se a doença é passível de ressecção cirúrgica completa.

Os casos são avaliados individualmente e a melhor escolha é indicada, converse com seu médico para melhores esclarecimentos.